terça-feira, 3 de junho de 2008

Jornalismo ético e sem restrições?! Onde?!

O jornalista possui liberdade? Somos livres para escrever o que queremos e pensamos? Onde está nossa liberdade de expressão? Os jornalistas devem publicar tudo que lhe é dito? Até que ponto o jornalista pode ser ético?
Essas foram algumas questões debatidas por professores, jornalistas e alunos no dia 27 de maio, no auditório da Faculdade de Odontologia de Campos, durante a semana da mídia.
Apesar de terem opiniões divergentes, todos os palestrantes concordam que fazer jornalismo com ética é essencial. A ética é muito difícil de ser aplicada aos meios de comunicação, pois a cada dia mais, os jornalistas se envolvem e adicionam críticas próprias às notícias. Também foi colocado que é muito difícil discernir o que é ético e o que não é. Hoje com todo esse mar de tecnologia, fica complicado saber se as atitudes de um jornalista são éticas.
Outra questão discutida foi se o jornalista tem o direito de decidir o que será passado à população, como notícias, e o que não será dito. A população depende da mídia para ampliar seus conhecimentos e criar opiniões.
O jornalista e filósofo Avelino Ferreira iniciou a palestra falando sobre Deus e as diversas crenças espalhadas pelo mundo. Afirmou que “O conhecimento é o que nos faz diferentes. Quanto menos conhecemos, pior nos expressamos. Se não conhecemos não podemos julgar”. Onde estaria nossa liberdade ao escolhermos pelo menos a nossa religião? Em que muitas vezes essa questão é imposta pelos familiares, que desde bem novos nos impuseram um caminho a ser seguido.
A jornalista e professora Jaqueline Deolindo também debate essa questão da liberdade de expressão. Questão essa que a fez ser processada pelo prefeito de Itaperuna. Foi proibida de se expressar, de expor à população dados que poderiam fazer muita diferença, que poderiam mudar opiniões de muita gente. E diz que precisamos ter bom senso. Acredita que toda matéria tem uma opinião do próprio redator. “O jornalista julga e opina”.
O jornalista e professor Vitor Menezes falou sobre a imprensa aqui em campos ter um apoio político, sobre a questão de um jornal ser da “situação” e outro ser da “oposição”. Em que os jornais na maioria das vezes criticam os políticos, cujos da situação e da oposição. A imprensa não deveria depender da questão política, e só assim seria um jornal moral e ético, expondo a verdade para seus leitores. Faz uma crítica à população que dá mais valor aos outros meios de comunicação do que ao jornalismo impresso. “O jornal não é uma empresa econômica qualquer, ou não deveria ser. Porque o jornal não é uma propriedade privada. As empresas de comunicação também precisam ter responsabilidade social. Ninguém é jornalista sozinho. Os acontecimentos jornalísticos são contraditórios ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.” E aí ele entra com outra crítica, ao jornalismo investigativo que utiliza meios escondidos, considerado por ele antiético, para fazer suas reportagens.
Cabe a nós sabermos o que é jornalismo, como fazer jornalismo e o conjunto de referencias teóricas do que é ser jornalista.E hoje em dia, apesar dos pesares, podemos dizer que ainda existem diversos jornalistas, mesmo que escondidos em algum “Nick”, em algum blog tentando nos alertar e informar a cada dia sobre o que acontece em nossa sociedade tão “livre” e moral.
Por Zilda, Lorenna, Victor, Patrick, Júlio e Marcela.

0 comentários:

 
©2007 '' Por Elke di Barros