14 anos sem um campeão

Há exatos 14 anos, morria Ayrton Senna da Silva, tricampeão mundial de Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial.
Senna foi o maior piloto de todos os tempos, superando o grande campeão, Juan Manuel Fangio, o francês Alain Prost, conhecido como "professor" e também o heptacampeão Michael Schumacher, campeão mais pela supremacia tecnológica de sua escuderia e a incapacidade de seus adversários.
Ayrton Senna foi o piloto mais arrojado de todos os tempos. Os grandes duelos travados por Senna com Prost e Nigel Mansel ainda estão vivos na memória dos brasileiros.
O Brasil acordava mais cedo para assistir o herói das pistas. Herói que deu mais alegrias do que tristezas, mas, infelizmente a tristeza que nos causou foi eterna.
No dia 1° de maio de 1994, domingo e dia do trabalhador, Senna entrou reto na curva Tamburello, no circuito de Ímola e chocou-se violentamente com o muro de proteção.
Com o impacto da batida a uma velocidade superior a 215Km/h, Senna sofreu sérias lesões e perda de massa encefálica.
A Fórmula 1 perdia um piloto brilhante, detentor de grandes feitos e recordes e o país perdia seu maior ídolo naquele período.
Piloto que fez o Brasil vibrar com vitórias apoteóticas e amargar derrotas frustrantes.
Após a "Era Senna" restou-nos Rubens Barrichelo e outros pilotos secundários.
Mas a magia dos domingos de manhã tinha terminado.
O almoço temperado com as vitórias de Senna não tinham e não tem mais sabor.
A principal categoria do automobilismo mundial tornou-se apenas uma disputa entre equipes e não pilotos, onde a equipe com mais recursos tecnológicos e mais investimentos, vence.
A Fórmula 1 transformou-se num "pé no saco".
Um abraço.

Iatha Anderson